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Arquivo mensal: janeiro 2011

Pluralidade, artigo ausente na imprensa brasileira

A imprensa brasileira tem uma única voz. Quem perde é a democracia...

 

Imprensa é um negócio como outro qualquer. Precisa registrar lucro, possuir influência e de certa forma levantar mais recursos para estender seus tentáculos. Mas a pluralidade é fundamental, especialmente no espaço de opiniões. Mesmo que um jornal ou revista tenha uma posição antagônica ao governo de plantão, é preciso conceder espaço ao pensamento contraditório. Antes de tudo, noticia é um produto e algo consumido por pessoas de diversas correntes.

Pegue o jornal O Estado de São Paulo. Veiculo respeitável, bem escrito e com uma vantagem: nunca escondeu o seu lado. Defende as bandeiras liberais e sempre teceu criticas contundentes ao governo do ex-presidente Lula. Se eram justas ao não, isso não vem ao caso. Mas nunca se portou de modo hipócrita e nas eleições abriu seu apoio ao candidato José Serra. Ponto a favor da transparência.

Mas nem tudo são flores. O espaço de opinião do Estadão reflete uma tendência nefasta da imprensa brasileira: só os contrários aos ideários de esquerda falam. Fernando Henrique Cardoso deita falação aos domingos e jamais é contestado. Agora, Fernando Gabeira (ex-esquerdista, ex-guerrilheiro, ex-tudo) passa também  a mostrar o seu ressentimento com o governo Dilma e os petistas. E o leitor, se pensar diferente? O que faz? Simples: ligue o computador e vá ao blog progressista mais próximo. Se depender dos veículos impressos, a esperança de confronto de idéias é nula.

 

 

 
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Publicado por em 7 de janeiro de 2011 em Uncategorized

 

Em qual clube Ronaldinho se encaixaria melhor?

Ronaldinho Gaúcho era esperança na Copa de 1978 e fracassou. Vai corresponder à expectativa em sua volta ao futebol brasileiro???

Gosto de verificar a seção de vai e vem presente nos jornais esportivos. Dá uma boa idéia do trabalho feito na entressafra pelos dirigentes e aquilo que iremos verificar em campo a partir dos campeonatos regionais. Lógico, diante do interesse em cima de Ronaldinho Gaúcho decide fazer uma pesquisa sobre o aspecto que sua contratação teria sobre Palmeiras, Grêmio e Flamengo. O rubro negro carioca teria ganhos incríveis. Se o campeonato começasse hoje, o setor seria ocupado por Maldonado, Williams, Renato e Botinelli. Podemos dizer que, mesmo em péssima forma, a produção de Gaúcho faria a diferença. No Palmeiras, Valdivia teria um companheiro ideal na armação das jogadas, pois Tinga é um volante, digamos, ofensivo, e não tem a capacidade de dividir responsabilidades e holofotes. Não é por falta de esforço. Ronaldinho Gaúcho no Palestra Itália reinaria absoluto e certamente Luis Felipe Scolari faria de tudo para deixá-lo em condições de estufar as redes e ganhar jogos importantes.

O Grêmio, no entanto, é a equipe que lhe oferece o cenário favorável. Em primeiro lugar, o time titular de Renato Gaúcho é poderoso especialmente com o meio-campo formado pelos volantes Danilo e Alan, William Magrão um pouco mais a frente e Douglas com liberdade para acionar Jonas e Borges. Se não quiser inventar, o treinador gaúcho poderia sacar Borges e colocar Ronaldinho Gaúcho e isolar Jonas. Um autêntico 4-5-1 com movimentação para confundir as zagas adversárias.

Claro, só falamos de hipóteses. Mas independente de qual for sua decisão, um cenário já é certo: Ronaldinho Gaúcho terá que entrar e arrebentar. Senão…

 

 
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Publicado por em 7 de janeiro de 2011 em Uncategorized

 

Arbitragem profissional não é a única solução

Joseph Blatter anuncia a intenção de adotar uma série de medidas para a Copa do Mundo de 2014. A principal diz respeito a profissionalização da arbitragem, algo inexiste na sede do próximo mundial. Em matéria da Folha de São Paulo, todos foram unânimes em apoiar a medida, especialmente para terminar com a obrigação de mostrar um novo vinculo empregatício. Tudo bem, a providência poderá até gerar alguma conseqüência positiva. O buraco, no entanto, é mais embaixo.

Certamente Blatter propagandeia a decisão para aliviar a carga da arbitragem, vilã da última Copa do Mundo. Se todos estiverem com registro em carteira, a perspectiva é de bons trabalhos e diminuição das duvidas. Não é por ae. As arbitragens polemicas aumentaram no futebol devido a evolução do atleta, transformado em gladiador do século 21. Os preparadores físicos tentam extrair ao máximo do seu potencial, especialmente para aumentar a velocidade e a capacidade de suportar choques. Resumindo: as partidas ficam rápidas, disputadas e com lances complicados.

Enquanto isso, a arbitragem brasileira e mundial avançou pouco em sua preparação. Dureza constatar a presença de senhores de 45 anos com a missão de acompanhar garotos de 18, 20 anos e com todo o gás. Citar a desculpa do posicionamento também não vale. Por melhor que seja o atalho, de vez em quando a velocidade pega o olho de surpresa. Tenho dúvidas em relação ao uso da televisão, mas penso que ao invés de profissionalizar, a saída salutar seriam os auxiliares atrás dos gols e um outro arbitro para apitar meio-campo. Sem contar a diminuição da idade máxima para 40 anos. Com certeza, seriam eficazes e trariam mais frutos do que uma singela carteira de trabalho. Que é necessária, mas não é a solução de todos os males.

 

 

 
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Publicado por em 6 de janeiro de 2011 em Uncategorized

 

Roberto Brum coloca a boca no trambone

O volante Roberto Brum foi vitima dos processos de reestruturação que são promovidos nos clubes brasileiros. Saiu da Vila Belmiro e disparou para todos os lados. O presidente do Santos, Luis Álvaro Oliveira Ribeiro, teve sua autoridade questionada e a acusação foi de que o técnico Dorival Junior foi demitido para atender ordens de empresários que interferiram no cotidiano do clube. Os dirigentes santistas prometem processar o atleta.

Independente do desfecho, é lógico verificar a dificuldade que todos (todos!) os clubes brasileiros possuem para estabelecer uma relação saudável com os empresários. Existem três modelos: no primeiro, o empresário toma conta do clube e o dirigente vira uma rainha da Inglaterra. No outro cenário, agir nas sombras vira norma de conduta e se alguém da imprensa resolver denunciar, é represália na certa. Para terminar, existem clubes que abominam os empresários e atuam com medidas de retaliação e força. Errado. Apesar dos problemas e dificuldades, os empresários são integrantes do cenário do futebol atual e não podem ser desprezados.

O ideal é estabelecer contratos limpos, transparentes, com cláusulas definidas de parte a parte e valores pré-acertados em caso de desacerto e problemas de gestão. E outra: sem privilegia para jogador A ou B. Se ele for bem, ótimo. Constrói sua carreira e segue em frente. Caso contrário, busca-se uma solução ideal para todas as partes. O que não dá é essa novela em que não sabemos quem é mocinho ou bandido. E nem temos a segurança de que haverá um final.

 

 
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Publicado por em 6 de janeiro de 2011 em Uncategorized

 

Dilma não atende ao PMDB. Quer pagar o preço???

Em 2005, a falta de tato de José Dirceu produziu o desastre Severino Cavalcanti. Que Dilma escape de erro tão grosseiro e saiba domar o PMDB

 

 

 

Quando uma empresa registra mudança no comando, existe uma tradição inconsciente: os subordinados testam até que ponto vai a autoridade do novo dono do pedaço. Se ele afrouxar o cinto, tudo aquilo que foi construído poderá ir por água abaixo. Intensificar o tom poderá ser a trilha do rompimento. Difícil encontrar o tom adequado quando o assunto envolve seres humanos. O exemplo pode ser distante, mas de certa forma serve para justificar o drama vivido por Dilma Roussef na distribuição de cargos do segundo escalão.

Recordar é viver. Um dos pontos positivos do segundo mandado de Lula é a sua disposição de conduzir o PMDB para dentro da Esplanada dos Ministérios. Distribuiu ministérios, empresas polpudas e bloqueou os anseios de companheiros petistas. De certa forma, excetuando-se a reprovação da CPMF, Lula não encarou grandes problemas.

Com Dilma, o enredo parece querer sair do lugar. Em parte por erro da própria presidente. Em uma aliança, é preciso estabelecer parâmetros e áreas de atuação. Na hora da partilha, Dilma deixou o PMDB com a sensação de que estava perdendo espaço. Faltou dialogo, conversa e especialmente transmitir a sensação da importância de funcionamento da nova engrenagem. Ficou a impressão de tudo colocado goela abaixo. Um erro tático, evidente e normal quando pensamos que Dilma nunca esteve na linha de frente das negociações. Algo que também poderá trazer aspectos negativos na escolha do novo presidente da Câmara dos Deputados. Marco Maia (PT-RS) é favorito, mas candidatos a outsider não faltam como Aldo Rebelo (PC do B) e Sandro Mabel (PR-MG).

Risco de reprovação do salário mínimo de R$ 540 não acredito que exista. Especialmente por se tratar de nova legislatura. Porém, Dilma deveria aproveitar e colocar a casa em ordem. É como dizia um antigo chefe meu durante imbróglios de negociação com seus parceiros: “Tem hora que não basta estar ao lado da mulher. É preciso declarar todos os dias: eu te amo”.

 

 
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Publicado por em 5 de janeiro de 2011 em Uncategorized

 

Pagamos os suplentes e eles ficam com o prato principal

O poder judiciario poderia fazer um favor aos nobres contribuintes e forçar uma mudança na dinâmica dos mandatos dos deputados federais e senadores

Dilma Roussef estipulou a reforma política como uma de suas prioridades de governo. Os fatos colaboram na busca do olimpo. Reportagem na edição de quarta-feira do jornal Folha de São Paulo mostra que 45 deputados ocuparão a suplência por um mês e irão gerar gastos de R$ 107 mil por gabinete. Motivo: como o calendário estipula a posse dos novos deputados em fevereiro existe uma vacância de poder. Detalhe: nenhum projeto será votado e dificilmente acontecerão trabalhos nas comissões.

Assumir no mesmo dia da Presidência da República poderia tirar o brilho da festa? Até pode ser verdade, mas então a medida salutar seria colocar a posse no dia 10 de janeiro, por exemplo, ou no dia seguinte. São fatos como esses responsáveis pela destruição da imagem do parlamento. Com um parlamento devidamente empossado e a pleno vapor, assuntos como a aprovação do novo salário mínimo ganhariam agilidade e não travariam as prioridades do país.

Claro, às vezes, a mídia exagera e comete injustiças. Mas os deputados, o poder executivo e judiciário poderiam exterminar tal falha que deturpa uma democracia tão volúvel e frágil.

 

 
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Publicado por em 5 de janeiro de 2011 em Uncategorized

 

Ronaldo chuta o pau da barraca. O torcedor paga a conta

Meu sonho de consumo é falar do jogador de futebol apenas como pessoa “jurídica”. Ou seja, seus gols, conquistas e lances inesquecíveis. Pena essa atual geração possuir contas bancarias polpudas e responsabilidade inversamente proporcional. Digo a respeito do retorno do centroavante aos treinos corintianos em Itu. Visivelmente fora de forma, ainda usou o twitter para tirar um sarro sobre o período de concentração estipulado por Tite.

Bem, se os jogos decisivos do Corinthians fossem realizados em fevereiro até poderíamos aceitar tamanho relaxo. Haveria tempo de sobra para recuperação. O cenário é outro. No final de janeiro, o Corinthians joga a sua vida na Copa Libertadores diante do Tolima, que certamente transformará o seu mando de campo em sucursal do inferno. Como Ronaldo, ciente da sua participação no esquema tático e da importância do preparo físico nos dias de hoje, apresenta-se com uma barriga gerada por festa de criança ou churrasco de empresa no final de ano.

Alguém poderá alegar a dura exigência dos treinamentos e da vida de esportista. Então, o melhor seria Ronaldo pendurar as chuteiras, levar em frente o seu projeto de megaempresário do futebol ao invés de passar ilusão ao torcedor. Seria digno e correto.

 

 
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Publicado por em 5 de janeiro de 2011 em Uncategorized

 

As contratações secaram ou falta eficiência para administrar?

Todos reclamam da ausência de contratações de impacto neste período. Apenas o Santos trouxe Elano, o Fluminense bancou o goleiro Diego Cavalieri  e Ronaldinho Gaúcho, com sua eterna indefinição, aquece o mercado de transferências. São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Vasco, Flamengo, Botafogo, Internacional…ninguém fez o torcedor sair ás ruas, colocar a camisa no peito e tirar um sarro do rival.

Dinheiro não é problema, pois uma parte dessas potências souberam capitalizar com ações de marketing e das cotas de televisões, que devem crescer ainda mais nos próximos anos com a entrada no páreo da Record. O foco é outro. Faltam aos clubes a noção exata do que fazer com o dinheiro. Para que todos entendam: é o mesmo caso de um trabalhador que passou a vida inteira com um salário mensal de R$ 2 mil. Com seu esforço ou golpe de sorte a empresa resolve lhe promover e pagar R$ 10 mil. Anteriormente, ele tinha um carro usado e popular, após pagar prestações, de no máximo, R$ 500. Com o aumento, ele pode ambicionar pagar um carro médio ou até de bom padrão, desde que a mensalidade não ultrapasse R$ 1.000 ou R$ 1500. Só que ele dá um passo maior que a perna e resolve comprar um carro importado, completo, de altíssimo luxo e com financiamento que lhe devora 50% do orçamento. Ele paga, mas quando a esposa pede a aquisição de um segundo veiculo, nem que seja popular, o dinheiro sumiu. Apesar da promoção. Moral da história: seja nos gabinetes com ar condicionado ou na hora de administrar a vida doméstica, prudência é algo essencial.

 

 
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Publicado por em 5 de janeiro de 2011 em Uncategorized

 

Palmeiras quer virar a casa da mãe Joana

O excelente comentarista Fabio Sormani, da Rádio Jovem Pan de São Paulo considerou como uma temeridade o fato de Ronaldinho Gaúcho analisar a proposta do Palmeiras, especialmente pelo clube viver uma situação exótica: faz tudo certo e no final o erro aparece. Dessa vez, o clube de Palestra Itália com uma recompensa de R$ 2 milhões ao Milan para convencer o atleta a encarar as exigências e tormentas da capital paulista. Um desproposito, especialmente se levarmos em conta que pontualidade no pagamento não tem sido corriqueiro ao elenco. Disciplina também está em falta na prateleira, o que motivou até entrevista irada de Valdivia durante as férias. Para completar o cardápio, as eleições estão em pé de guerra e Salvador Hugo Palaia atua como principal agente de desestabilidade, especialmente para satisfazer seu ego.

Que o Palmeiras é um clube especialista em conflitos é de conhecimento de qualquer criança. O preocupante é que o pacote de fatos arquitetado nos últimos meses poderá gerar um clube com finanças quase irreversíveis, torcedores impacientes e jogadores sem qualquer ânimo para fazer história. Nunca é demais lembrar: o Campeonato Paulista de 2008 foi a última conquista do Palmeiras. Se o avaliador adotar o rigor como normal, então podemos considerar a Taça Libertadores de 1999 como a última vez que a projeção internacional surgiu pelos lados do jardim suspenso. São 11 anos sem um título relevante. O caldeirão ferve. E ninguém parece disposto a apagar.

 

 
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Publicado por em 5 de janeiro de 2011 em Uncategorized

 

PSDB x PT: dois pesos e poucas medidas

Lula superou a crise, saiu com aprovação recorde e deixou tudo ajeitado para Dilma. Só que para a mídia brasileira, o paraíso chama-se São Paulo. Vai entender...

Jornais de hoje relatam a disposição de Geraldo Alckmin em vasculhar os contratos e contas do ex-governador José Serra. Sua intenção é cortar uma boa parte do custeio da máquina e de certa forma encontrar dinheiro para viabilizar as suas promessas eleitorais. Por outro lado, acena com a inauguração do processo de revisão dos pedágios, especialmente dos locais cujo moradores são prejudicados pela curta distancia em relação a entrada principal dos municípios, como Campinas e Jaguariúna.

Ok, é tudo lindo e maravilhoso. Mas estranhei o tom dado pela imprensa em geral. Um enfoque como se fosse algo normal vasculhar as atitudes e decisões do antecessor no cargo e que era de seu partido. Enquanto isso, verifica-se que Dilma está envolvida na divisão de cargos do segundo escalão com o PMDB. Desde que o mundo é mundo, existem alguns conceitos básicos na república. O principal deles é que governo de coalizão dá certo trabalho na hora de contentar a todos. Como queriam eficiência de Dilma com 10 partidos para contemplar? Mas não, tratam o episódio como algo épico e dramático. Como se o mandato dela estivesse ameaçado. Enquanto isso, Alckmin ataca Serra e a normalidade impera na maioria dos jornalões. Aliás, justiça seja feita: a Folha trata do assunto em manchete e de modo venenoso. Só que para nisso. O tom da reportagem é, digamos, simpático. Infelizmente, Dilma construirá o mandato embasada em uma máxima: tudo que acontecer com ela será terremoto. Na oposição, não passará de uma marolinha.

 
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Publicado por em 4 de janeiro de 2011 em Uncategorized